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DOx e fenciclidina (PCP)
Os compostos DOx referem-se a uma família de fenetilaminas psicodélicas conhecidas por seus potentes efeitos psicoativos. O termo "DOx" refere-se à estrutura química dessas substâncias, que inclui um grupo metoxi ligado ao anel de benzeno e uma cadeia de carbono estendida com uma substituição na posição alfa. Esses compostos variam em seus grupos alquílicos específicos e substituições metoxílicas, o que leva a diferenças na potência, na duração da ação e nos efeitos psicoativos.
O principal mecanismo pelo qual os compostos DOx exercem seus efeitos é por meio do agonismo (ativação) do receptor 5-HT2A, um subtipo de receptores de serotonina. Esse receptor é amplamente distribuído no cérebro, especialmente nas regiões envolvidas na percepção, na regulação do humor e na cognição. A ativação dos receptores 5-HT2A por compostos DOx leva ao aumento da atividade neuronal e da neurotransmissão, resultando nos efeitos psicodélicos característicos.
Ao atuar nos receptores de serotonina, os compostos DOx podem alterar significativamente a percepção sensorial, o humor e os processos cognitivos. Acredita-se que os efeitos psicodélicos surjam da modulação das redes corticais e talâmicas. Embora a ação primária seja sobre os receptores de serotonina, os compostos DOx também podem interagir com outros sistemas de neurotransmissores, inclusive a dopamina e a norepinefrina, contribuindo para seu complexo perfil psicoativo.
Exemplos de compostos DOx:
- DOI (2,5-Dimetoxi-4-iodoanfetamina): Conhecido por seus potentes efeitos psicodélicos, o DOI tem sido usado em pesquisas científicas para estudar o sistema de serotonina e o mecanismo das drogas psicodélicas.
- DOM (2,5-Dimetoxi-4-metilanfetamina), também conhecido como STP: um dos compostos DOx mais conhecidos, o DOM combina efeitos psicodélicos com propriedades estimulantes, levando a uma experiência duradoura que pode variar significativamente em intensidade.
- DOC (2,5-Dimetoxi-4-cloroanfetamina): O DOC é conhecido por sua longa duração de ação e uma mistura de efeitos psicodélicos e estimulantes. Seus efeitos podem durar mais de 12 horas, o que a distingue entre os psicodélicos.
- DOB (2,5-Dimetoxi-4-bromoanfetamina): A DOB é conhecida por seus fortes efeitos psicodélicos e por sua duração extremamente longa, geralmente superior a 24 horas. É potente, com efeitos perceptíveis em doses baixas.
A fenciclidina (PCP) atua como um antagonista não competitivo do receptor NMDA, que está envolvido na neurotransmissão glutamatérgica. Esse bloqueio interrompe a percepção sensorial normal, levando a estados dissociativos, alucinações e anestesia em doses mais altas. A PCP também pode aumentar a neurotransmissão de dopamina ao inibir o transportador de dopamina, contribuindo para seus efeitos estimulantes e de elevação do humor.
A combinação de DOx e PCP pode levar a efeitos imprevisíveis e intensificados devido às suas ações distintas, mas potencialmente sinérgicas, nos sistemas de serotonina, dopamina e glutamato. A ativação simultânea dos receptores 5-HT2A pela DOx e o bloqueio dos receptores NMDA pela PCP podem produzir alterações profundas na percepção, na cognição e no humor, além do que cada substância poderia induzir isoladamente.
Efeitos colaterais e perigos:
- Aumento do risco de psicose e ansiedade: A combinação pode exacerbar a ansiedade, a paranoia e os sintomas psicóticos, principalmente em indivíduos suscetíveis.
- Efeitos físicos imprevisíveis: Podem ocorrer efeitos sinérgicos sobre a frequência cardíaca, a pressão arterial e a temperatura corporal, apresentando riscos de estresse cardiovascular ou hipertermia.
- Prejuízo cognitivo: É provável que haja maior desorientação, confusão e julgamento prejudicado, aumentando o risco de acidentes ou comportamentos prejudiciais.
- Potencial de overdose: A combinação pode obscurecer os efeitos individuais de cada substância, levando a uma overdose acidental com resultados graves ou fatais.
Em geral, a combinação de substâncias psicoativas pode alterar seus efeitos de forma imprevisível, podendo levar a graves consequências físicas e psicológicas agudas e de longo prazo. A ausência de dados ressalta a importância das práticas de redução de danos, incluindo a busca de informações em fontes confiáveis, o uso de substâncias em um ambiente seguro, começando com doses menores para avaliar a reação e evitando combinações quando os efeitos são desconhecidos ou potencialmente prejudiciais.
Considerando o exposto, recomendamos tratar essa combinação com muita cautela.
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