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Anfetamina e maconha
A anfetamina é um poderoso estimulante que afeta principalmente o sistema nervoso central (SNC). Ela aumenta principalmente a atividade dos neurotransmissores dopamina e norepinefrina no cérebro. Isso é obtido por meio de vários mecanismos:
- Aumento da liberação: A anfetamina promove a liberação de dopamina e norepinefrina de suas vesículas de armazenamento nos neurônios, levando a um aumento da concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica.
- Inibição da recaptação: Bloqueia a recaptação (reabsorção) de dopamina e norepinefrina, permitindo que elas permaneçam ativas no espaço sináptico por um período prolongado.
- Reversão do transporte: A anfetamina pode inverter a direção dos transportadores de neurotransmissores, levando a um fluxo de dopamina e norepinefrina para fora, em vez de sua recaptação habitual.
A maconha, que contém o componente psicoativo tetrahidrocanabinol (THC), atua no sistema nervoso central acionando o sistema endocanabinoide. Esse sistema é composto por receptores de canabinoides (CB1 e CB2), canabinoides endógenos (endocanabinoides) e as enzimas que produzem e degradam os endocanabinoides. O THC se liga principalmente aos receptores CB1 localizados no cérebro e afeta a liberação de neurotransmissores por meio dessas interações. Os efeitos incluem:
- Alteração da função cerebral: Ao ativar os receptores CB1, o THC modula a liberação de neurotransmissores e pode inibir a liberação de determinados neurotransmissores, levando a alterações na percepção, no humor, na consciência e no comportamento.
- Efeitos psicoativos: Os usuários normalmente experimentam estados alterados de consciência, euforia, relaxamento, percepção alterada do tempo e aumento do apetite.
Quando combinadas, essas substâncias podem interagir de forma a alterar os efeitos de cada uma, às vezes de forma imprevisível:
- Efeitos sinérgicos: As propriedades estimulantes da anfetamina podem ser aprimoradas ou moduladas pelos efeitos relaxantes da maconha, o que pode levar os usuários a se sentirem altamente alertas e calmos ou eufóricos.
- Efeitos contraditórios: Para alguns, os efeitos sedativos da maconha podem neutralizar os efeitos estimulantes da anfetamina, levando à redução da eficácia do estimulante ou à confusão dos sinais corporais, o que pode ser angustiante ou desorientador.
- Aumento do estresse cardiovascular: Ambas as substâncias podem aumentar a frequência cardíaca, embora por meio de mecanismos diferentes, o que pode se agravar e levar a um estresse cardiovascular significativo.
- Maior probabilidade de efeitos psicológicos. A anfetamina pode aumentar a ansiedade e aumentar o risco de padrões de pensamentos repetitivos e paranoia, o que pode levar a um julgamento prejudicado e a experiências desagradáveis.
- Aumento do risco de problemas cardiovasculares, incluindo hipertensão e taquicardia.
- Aumento do risco de dependência ou transtorno de uso de substâncias, pois a combinação pode ser usada com mais frequência para modular os efeitos de uma ou outra droga.
Essa combinação requer experiência com as substâncias separadamente, cumprimento de dosagens mínimas, raras repetições e uma abordagem significativa.
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